Embora vejamos maioritariamente o termo “rosácea”, a verdade é que existem vários tipos de rosácea e podem até combinar-se entre si de forma divertida (raramente, estou a ser irónica), trazendo uma panóplia de problemas, todos eles de origem vascular. Por isso, aqui vai uma categorização de todos eles que espero que ajude a identificar.
Tipo 1 – Rosácea eritematotelangiectásica (junção de eritema + telangiectasia)
Este tipo de rosácea é caracterizada por um eritema de vermelhidão persistente especialmente na região central do rosto. O aparecimento de telangiectasias (mini derrames no rosto) é comum, mas não é essencial para o diagnóstico ser confirmado. Esta vermelhidão e calor pode ou não ser acompanhada por edema (inchaço) no rosto, picadas ou sensação de queimadura, bem como uma “secura” da pele ou escamação. Muitos dos doentes podem apresentar apenas a vermelhidão.
Tipo 2 – Rosácea papolupostulosa ou acne rosácea
Este tipo é caracterizado pelo mesmo eritema vermelho descrito anteriormente acompanhado de pápulas ou pústulas com uma distribuição no rosto central. É frequentemente confundida com acne adulto e a terapêutica é muitas vezes inapropriada se for pensada para a acne, uma vez que as lesões são estéreis, não apresentado a bactéria envolvida na acne. No caso do aparecimento concomitante de acne E rosácea, os doentes apresentam as pápulas e pústulas acompanhadas de comedões e lesões.
Um dos sinais mais frequentes deste subtipo é o aparecimento de borbulhas sem “cabeça branca”, dolorosas e que demoram meses a desparecer. Este subtipo está quase sempre combinado com o primeiro, apresentando muitas vezes telangiectasias.
Tipo 3 – Rosácea fimatosa
Esta evolução da rosácea é já mais grave e requer intervenção médica para a sua regressão. Neste caso, existe uma “fibrose” da pele, que se torna mais rugosa e irregular, com uma estranha textura ao toque. A manifestação mais frequente neste tipo de rosácea é o rinofima (essa rugosidade no nariz), mas pode acontecer em qualquer outra zona do rosto. Doentes com esta expressão da doença, podem também ter pápulas e telangiectasias.
Este subtipo encontra-se frequentemente combinado com os 2 anteriores.
Tipo 4 – Rosácea ocular
E eis que quando achávamos conhecer os níveis todos do inferno que esta doença tem, chega a rosácea ocular.
O diagnóstico da rosácea ocular pode ser determinado quando o doente tem um ou mais destes sintomas: olhos lacrimejantes e vermelhos, sensação constante de “tenho qualquer coisa no olho”, ardor ou picor, secura, comichão, sensibilidade, visão turva, telangiectasias na pálpebra ou em redor. É crucial que procurem um médico se sentirem qualquer um destes sintomas, uma vez que este problema pode causar perda progressiva de visão.
Essencialmente, não menospreze sintomas de rosácea e procure ajuda e tratamento assim que possível, pois o agravamento da doença pode trazer consequências permanentes para a saúde.
Dentro de todos estes subtipos, existem ainda graus de gravidade em várias áreas do rosto.
Fonte: https://www.rosacea.org/physicians/classification-of-rosacea/view-online