Lembro-me quando este Hyalu B5 da La Roche Posay foi lançado e de ficar a pensar 🤔 “meh!”. Depois, este chegou-me como oferta e como boa amante de The Strokes: “I’ll try anything once” (em cosmética, sim?).
O que me fez não amar este cosmético numa primeira visualização da formulação foi o álcool lá em cima na lista de ingredientes, que sei que também não sensualiza com muitas de vós, colegas de pele sensível. Mas, deixem-me ser advogada do diabo aqui por um bocadinho: nem todo o álcool é igual. Não falo só de whiskey vs vodka, falo da inclusão do mesmo na formulação. Mais do que ter um ingrediente ou até o ter numa % elevada, questionemo-nos, o que está aqui o álcool a fazer? Pois que não faço ideia porque a minha primeira aposta seria como agende polimerizante de gel que não me faz o maior dos sentidos pelos emulsificantes usados, mas posso dizer-vos que do ponto de vista do utilizador o álcool não se sente. Não faz arder o rosto nem deixa nenhuma sensação irritante como poderia ser esperado. O contexto do álcool também é importante. Esta formulação inclui 2 formas de ácido hialurónico, glicerina, pantenol (vit B5), madecassosido (aquilo que faz alguma coisa na centelha asiática) e mais uma série de glicéridos.
Tudo isto para fazer um dos seruns hidratantes mais agradáveis que já usei até hoje. Deixa a pele verdadeiramente repulpada e luminosa e tem um efeito duradouro sem esfarelar nem ter comportamentos estranhos. Uma maravilha de utilização! Tem ainda um perfume bastante agradável, que compreendo que seja uma desvantagem para muita gente, mas para mim torna a experiência mais agradável.
No geral, faz-me lembrar quando pedimos uma receita deliciosa a alguém e descobrimos que aquilo tem banha de porco. Primeiro ficamos enojados e depois aceitamos porque o resultado final é mesmo, mesmo bom.