Wishlist Julho – uma reflexão sobre coisas que não vou comprar (mas queria)

Estava aqui com uma comichão para comprar coisas, hoje. Depois, fui ver o meu extracto bancário e fui ver as coisas novas que me chegaram este mês e reflecti um pouco. A verdade é que este mês já entraram muitos produtos cá em casa e, sinceramente, a verdade é que neste momento não estou a precisar de nenhum produto em nenhuma categoria e não tenho espaço para mais produtos em minha casa. Por isso, ao invés de comprar mais coisas, vou-vos falar do que me apetecia comprar, mas não vou comprar e as razões de não os comprar.

Este Miracle Second Skin da Max Factor é uma base leve e luminosa que já andava no meu radar, até aparecer esta semana num tutorial da Lisa Eldridge, confirmando que eu de facto a quero na minha vida. É tudo o que eu gosto numa base, uma leve uniformização e muita luminosidade sem um efeito de “base” clássico. Porque não a compro já, sendo que é “apenas” 12€ e tal? Pois bem, eu devo ter, abertas de momento, perto de 10 bases. Aqui há tempos, o meu namorado perguntou-me: “quanto tempo te dura uma base a usar todos os dias?”. Não fez esta pergunta nem com maldade, nem com um tom de julgamento, apenas por ser curioso e querer genuinamente saber. Eu respondi “6 meses, aproximadamente, porquê?” e ele disse “então tens base para 5 anos aí”. Também o disse sem qualquer julgamento ou o que fosse, apenas como um facto que é. E, foi nesse momento que percebi: 5 ANOS???!!!! Isso é um exagero, daqui a 5 anos já estarão todas estragadas! O que é absolutamente verdade. Assim, fiz uma promessa interna de não comprar mais bases enquanto tiver bases da minha cor abertas e a funcionar bem porque, ao comprar novas bases, estarei a condenar as que tenho aqui em casa a estragarem-se. Pode ser que esta base venha a ser minha, mas não será já. Dou muitas vezes a desculpa de maquilhar outras pessoas de vez em quando para manter tantas bases mas, a verdade é que não maquilho outros assim com tanta regularidade e, esta variedade de bases que tenho também não alarga suficientemente o meu portefólio de tons de pele para me qualificar como maquilhadora. Para ter esta desculpa, prefiro comprar, quando me surgir um trabalho, uma dermacolor mini na Kitchen que é bem mais versátil e me vai dar para muito mais gente.

Pigmentos da With Love e Karla Cosmetics. Eu sou, basicamente, um corvo no que toca a maquilhagem. Vejo uma coisa brilhante e multicromática e fico maluca e quero logo. A verdade é que me faz tremendamente feliz olhar para sombras multicromáticas, fico fascinada e consigo brincar com elas durante horas. Mas, a verdade é que eu já tenho bastantes sombras multicromáticas, sendo as mais recentes as da Sleek, as quais ainda nem usei assim tantas vezes. Mais uma vez, são lindas e adorava adicioná-las à colecção, mas a minha colecção já tem tanta coisa linda que nem consigo usar, que dá pena!

O mesmo se aplica às paletas mini da Natasha Denona. São lindas, pequeninas e compactas e tenho dificuldade em escolher só uma. Esta dificuldade para mim é o primeiro sinal de que nenhuma é, de facto, aquilo que eu pretendo. Dou por mim a encontrar um lapso na minha colecção de sombras (do qual falei na última wishlist) mas, estas paletas, simplesmente não o preenchem, por isso, não serão as próximas a vir cá morar.

Ando de olho no Cream Skin da Laneige há meses a fio! Já o queria e depois tive várias leitoras a dizerem-me que é, efectivamente a última coca-cola do deserto em termos de hidratação cutânea, o que reforçou a minha vontade de o ter. Porque não o vou comprar? Porque está esgotado em todo o lado e porque tenho ali mais 2 essências para gastar antes dele.

A Curél é uma marca que me tem despertado muito a curiosidade ultimamente. Faz parte do grupo japonês Kao e foi recentemente lançada na cadeira britânica Boots. Gostava de começar por experimentar o sérum de olhos e o creme hidratante de rosto, pois são produtos que uso sempre e tenho utilizado vários ao longo dos anos, o que é sempre bom para poder comparar. Para já, não os vou comprar porque teriam de vir da YesStyle e não vou gastar neste momento 140€ em coisas só para ter portes grátis.

Sinto que a minha vontade de comprar coisas está directamente ligada à minha ansiedade e aborrecimento, por isso tenho tentado cultivar mais os meus interesses e tentar gerir a ansiedade de outras formas, o que acho que ajuda um pouco. E vocês, têm sentido muitos ímpetos consumistas, ou tem sido mais fácil com as idas aos centros comerciais mais “complicadas”? Contem-me tudo!